História da Arquitetura da Informação – parte 2

Finalmente eu voltei pra terminar a história, e nem acredito que fiquei sem postar nada desde outubro ! Mas bom, vamos lá:

Agora chega a parte que todo mundo conhece (mentira, quase ninguém, mas se conhece é por causa disso): Arquitetura da informação para a web. Ou, projetos de sites. Essa é a área de mais fácil explicação da aplicação da AI e tornou-se muito conhecida pela obra de Peter Morville e Louis Rosenfeld Information Architecture for the World Wide Web – o livro do urso polar.

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“O livro do urso polar”

Esse livro é um marco na história da AI e provavelmente o mais citado também. O legal é que os dois autores, Peter Morville e Louis Rosenfeld, são bibliotecários de formação e acreditaram acertadamente que a Biblioteconomia tinha muito a oferecer na organização de ambientes digitais na web. A última edição do livro foi em 2015, com a adição do autor Jorge Arango, e a mudança do subtítulo para “for the web and beyond” ou seja, para web e além.

Essa mudança está relacionada aos ambientes para além da web, em especial o mobile dos smartphones, já que esta meio passou a receber a maior parte dos acessos aos recursos informacionais digitais, com as versões mobile de websites e os aplicativos.

A partir dessa crescente utilização de outros dispositivos além da web, surge a proposta de uma nova abordagem da AI, a Arquitetura da Informação Pervasiva. Ser pervasiva significa perpassar por vários ambientes digitais, em diferentes formatos, independente do dispositivo acessado. E a AI ser mantida, de forma coerente, consistente e integrada.

Um bom exemplo disso é a plataforma da Netflix. Você pode acessar via computador (web), smartphone (mobile) ou TV (smartTV), e a sensação de transição entre os dispositivos é diminuída por meio da integração desses ambientes. Isso significa que a AI Pervasiva está presente na elaboração das diferentes versões da plataforma. Até mesmo a continuidade das ações é prevista: se você pausa um filme que está vendo pela Netflix do app no celular, quando quiser continuar na TV, por exemplo, o filme estará pausado no exato ponto em que você parou.

Netflix em diferentes dispositivos

Outro exemplo que costuma ser utilizado para a AI Pervasiva é que ela pode passar inclusive para os ambientes analógicos, como uma loja física e uma loja online: pode-se utilizar os mesmos elementos do design visual, a mesma categorização e organização dos espaços no ambiente físico e no website da loja. Assim, o usuário que está ambientado com o website e visita a loja física (e vice-versa) reconhece os padrões e encontra o que precisa com facilidade. Dizem que a Apple Store segue esse padrão, mas eu não verifiquei essa informação…

Apple Store

É importante que os princípios de AI estejam presente no planejamento de ambientes digitais no contexto da Internet das Coisas, como explica o artigo linkado. Nesse contexto, configura-se também como Arquitetura da Informação Pervasiva.

Por enquanto, até onde sei, estamos nesse ponto da história da AI, e, como já postei anteriormente, essa história está atualmente mesclada com a área de UX/UI… terminologias né, quem sabe qual será o próximo novo termo da moda?

Qualquer novidade, volto aqui pra contar 😉

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