Meu Deus do Céu, tem MAIS DE UM ANO que eu deixei esse post pela metade e nunca mais vim aqui 😭
Vamos de terminar e tirar a poeira desse blog.
Em 11 de junho de 2021:
Ontem assistindo um programa de organização pessoal, com a apresentadora Micaela Góes ensinando a organizar um guarda roupa, vi tanta arquitetura da informação no processo que resolvi comentar aqui.
A Micaela começa falando que não tem certo nem errado ao escolher a forma de organizar, o que também se aplica a qualquer projeto de AI. Tudo vai depender do usuário da informação, que é um dos pilares da AI (lembra? conteúdo – contexto – usuário).
CONTINUANDO… em 15 de junho de 2022:
Depois ela fala que a primeira etapa de qualquer processo de organização é CATEGORIZAR, ou seja “criar grupos por semelhança”. Também explica que cada categoria pode ter subcategorias, mostrando aqui o princípio da hierarquia – geral/específico.
CAT Vestido TE Vestidos curtos TE Vestidos longos
Nesse processo de avaliar cada peça de roupa para incluí-la em uma categoria, a Micaela fala que é bom aproveitar para fazer “uma limpa”, ou seja, excluir as peças que não são mais usadas. Nada como uma curadoria de conteúdo, hein.
Novamente o usuário é o centro do processo: “você vai adaptar na sua casa, de acordo com sua família”, diz Micaela. Uma das dicas é o uso de “colméias” e outros organizadores, como caixas. Esses objetos delimitam o espaço e trazem essa noção de agrupamento de coisas semelhantes. Assim, enxergamos as peças como sua categoria, em um só bloco, e não individualmente. Isso faz com que o cérebro processe apenas uma informação, e não a informação individual de cada peça de roupa, o que diminui a carga cognitiva e faz com que vc encontre o que precisa mais rápido e facilmente.
“Me conta? Não facilita a sua vida, encontrar exatamente o que você quer, saber exatamente o que você tem?”
Micaela Góes
O uso do mesmo tipo de dobra entre as camisas, bermudas e demais peças cria uma consistência na arrumação, o que também facilita para encontrar o que precisa com facilidade e rapidez. É como a utilização da mesma tipografia, com fontes, cores e tamanhos padronizados em um website. Traz conforto visual e facilita o aprendizado do modelo daquele sistema de organização. A Micaela sugere inclusive um gabarito para que as dobras fiquem iguais – é como se fosse um manual de estilo indicando qual fonte, cor e tamanho deve ser utilizado, no caso de site.
“Desse jeito, as calças ficam parecendo que estão arquivadas”
Micaela Góes
A sugestão de padronização do tipo de cabide também é algo que alivia a carga mental de que procura uma peça e traz um aspecto visual de ordem. (Às vezes eu acho que a Micaela é bibliotecária e não sabe).
Pra finalizar, ela fala sobre “achar que não tem roupa” porque não encontrou nada no armário, e que com o armário organizado, isso não acontece. Ou seja: organizamos para encontrar. E lembra da arquitetura da informação do “guarda-roupas tecnológico” da Cher ? Podemos ver por aqui que também vale para guarda-roupas “analógicos”: a arquitetura da informação independe do ambiente e da tecnologia para ser utilizada.